LOUVORES

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PROJETO QUE ALTERA O ENSINO MÉDIO É ALVO DE CRÍTICAS DE EDUCADORES


Governo de São Paulo

Entre outras propostas, PL nº 6.840, que tramita na Câmara, sugere que currículos do ensino médio sejam organizados por áreas do conhecimento. Educadores afirmam que isso fere princípios da Constituição e da LDB
25/02/2014
André Antunes, da  EPSJV

Um projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional que propõe mudanças no ensino médio brasileiro vem levantando questionamentos de professores, pesquisadores e até da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). Trata-se do PL nº 6.840/2013, elaborado pela Comissão Especial destinada a promover Estudos e Proposições para a Reformulação do Ensino Médio (CEENSI) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PTMG) e que tem como relator o deputado Wilson Filho (PTB-PB). 

Argumentando que o currículo atual do ensino médio é “ultrapassado, extremamente carregado, com excesso de conteúdos, formal, padronizado, com muitas disciplinas obrigatórias numa dinâmica que não reconhece as diferenças individuais e geográficas dos alunos”, o projeto propõe alterações na Lei nº 9.634/1996, a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (LDB). A principal – e mais controversa – alteração proposta pelo projeto é a organização dos currículos do ensino médio por áreas do conhecimento. 

Pela proposta, os estudantes poderiam escolher, no terceiro do ano do ensino médio, entre diferentes opções formativas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação profissional

“Assim, o aluno poderá optar pela formação que mais se adequa às suas preferências e necessidades, possibilitando, inclusive, uma preparação mais adequada àqueles que pretendem ingressar na  educação superior ou antecipar sua entrada no mercado de trabalho”, afirma a justificativa do projeto. 

Além disso, o projeto institui a jornada em tempo integral no ensino médio, aumentando de 800 para 1400 horas a carga horária mínima anual nessa etapa de formação, e elimina a possibilidade de menores de 18 anos cursarem o ensino médio no período noturno. 
Retrocesso 
Para Marise Ramos, professora-pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o projeto, caso aprovado, representaria um enorme retrocesso. 
“Isso representa um retorno à legislação da Reforma Capanema da década de 1940, em que o ensino era dividido entre o clássico, o científico e o profissionalizante. Até hoje é possível encontrar pessoas que estudaram sob a égide dessa legislação que nunca estudaram química ou física, porque fizeram o percurso clássico, ou que nunca estudaram filosofia, sociologia ou mesmo história”, compara. 
Essa “fragmentação”, para Marise, refletia uma visão instrumental da educação e um enfoque na formação de mão de obra para o mercado de trabalho. Nesse aspecto, segundo ela, a LDB, de 1996, trouxe avanços, consagrando, em seu artigo 22, o entendimento de que a educação básica (da qual faz parte o ensino médio) tem a finalidade de assegurar ao educando “a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e no prosseguimento de estudos”. 
Essa concepção está inscrita também no artigo 205 da Constituição Federal, segundo o qual a educação deve visar “ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
Em nota técnica sobre o PL 6.840, a Secretaria de Educação Básica do MEC afirma que o projeto fere as formulações inscritas na LDB e na Constituição, “pois o fato de ser obrigatório fazer alguma opção estabelece uma diferenciação formativa no ensino médio, portanto, na educação básica, que fere o princípio constitucional da igualdade de acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade com vistas à formação integral de todo e cada cidadão”. 
A nota técnica faz diversas objeções ao texto do projeto, e uma delas diz respeito à instituição da jornada em tempo integral, de 7 horas diárias, que é, segundo a nota, positiva em tese; na prática, no entanto, a medida acaba sendo prejudicial aos estudantes mais pobres. 
“Do ponto de vista da realidade socioeconômica da grande parte dos jovens brasileiros oriundos dos setores populares, representa uma forma de exclusão do Ensino Médio ministrado no período diurno, dado o fato de que tal parcela significativa da população jovem do país trabalha, seja para contribuir para a renda familiar, seja para suprir suas próprias necessidades. É, portanto, nesse contexto, medida discricionária, que institui um ensino médio diferenciado para uma população jovem com melhores condições de vida e relega, ainda mais, ao curso noturno os setores populares”, diz a nota. 
Maiores de 18 anos 
O ensino médio noturno, pela proposta da Comissão Especial da Câmara, ficaria restrito aos maiores de 18 anos. A alteração sugerida pelo projeto à LDB gerou críticas da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que publicou uma petição na internet contra a aprovação do projeto. 
No texto da petição, a Anped afirma: “Dados do IBGE de 2011 informam que 31,5% dos jovens de 15 a 17 anos trabalham e estudam, estudam e procuram emprego ou só trabalham. Isso significa que acabar com o ensino noturno para essa faixa de idade é, de fato, excluía do sistema de ensino. Destinar o ensino médio noturno apenas à faixa etária dos 18 anos em diante significa duplicar uma política já existente, que é a EJA, ou em outros termos, a superposição de modalidades que cumprem a mesma atribuição”. 
Formação profissional 
Especificamente na área da educação profissional, tanto a Anped quanto a Secretaria de Educação Básica do MEC entendem que a proposta em tramitação na Câmara traz problemas. Um deles é a inclusão da opção de formação profissional no último ano do ensino médio, que, para a Anped, “nega a existência da modalidade de Ensino Médio Integrado à Educação Técnico Profissional”. 
Para Marise Ramos, o projeto enfatiza as formas concomitante e subsequente de educação profissional em detrimento da formação profissional integrada ao ensino médio. Para ela, isso sinaliza uma consonância do PL nº 6.840 com o direcionamento que as políticas de educação profissional têm tomado nos últimos anos, com a ampliação do número de vagas por meio de parcerias com a iniciativa privada, principalmente através do Pronatec. 
Indício disso é o artigo 36-E do PL nº 6.840, onde se lê que a oferta de educação profissional “poderá ser feita em regime de parceria entre os entes federados e o setor produtivo, com vistas à ampliação das oportunidades educacionais”. 
“Com essas alterações na LDB, fica fácil você fazer parcerias para que os estudantes cursem o terceiro ano no Sistema S ou outras instituições privadas. Suponhamos: você tem um aluno numa escola estadual que tem parceria com o Senai, por exemplo. Ele faz os primeiros dois anos na escola e no terceiro ano vai para o Senai. E aí como ele é aluno da escola pública, o Estado é quem vai subsidiar o Sistema S para fazer isso. Bom demais para quem ganha com isso, só não é bom para a classe trabalhadora, que acaba tendo sua formação reduzida somente às necessidades do mercado de trabalho”, analisa Marise. 
A EPSJV entrou em contato com a assessoria do deputado Wilson Filho, relator do projeto, para que ele respondesse às críticas apresentadas, mas até o prazo de fechamento da matéria não havia conseguido agendar uma entrevista com o parlamentar.



SEPE MACAÉ REALIZA LANÇAMENTO DA CAMPANHA SALARIAL 2014, EM FRENTE A PREFEITURA.

Macaé, 26 de fevereiro de 2014

O Sindicato havia solicitado audiência com o Prefeito, conforme deliberação da categoria em assembleia. Porém o Prefeito Dr. Aluízio não recebeu a educação, ou seja, Dr. Aluízio deu o segundo bolo nos Profissionais da Educação em 2014.
Temos muitos pontos para discutir com a Prefeitura e a SEMED. O Sepe protocolou a Pauta de Reivindicação e a solicitação da primeira audiência do ano.
O ano começou e o 1/3 de planejamento dos professores está ameaçado, pois a SEMED informa que haverá cursos, a partir de março, o que é um retrocesso, já que ano passado os professores A, com muita luta, conquistaram o dia de planejamento, este dia é fundamental para o planejamento semanal, correção de trabalhos, avaliações dos alunos e um longo etc. Precisamos nos organizar em cada escola para defender o dia de planejamento e avançar na implementação da Lei 11.738/2008 na Rede Municipal de Macaé, já que até o momento o calculo da SEMED é feito em hora relógio e não hora aula, como deveria ser. Os Professores presentes no ato do Sepe, realizaram o protocolo do 1/3.
Outro grave problema que nos atinge é a violência, várias escolas foram fechadas nos últimos dias. A prefeitura divulgou que vai realizar a pacificação nos bairros e escolas. Sabemos que a pacificação não tem solucionado o problema da violência, infelizmente o que estamos acompanhando são casos de policiais envolvidos em crimes nas favelas do Rio de Janeiro e em Macaé não é diferente. 
Por isso cobramos que o Prefeito discuta com a educação um programa de combate a violência, o que para os educadores não passa pela militarização e sim pelo investimento massivo nos bairros e revitalização das escolas.
A campanha salarial 2014 do Sepe vai reivindicar do Prefeito melhores condições de salário, os trabalhadores da educação precisam ter um salário digno, atualmente os Auxiliares de Serviços Gerais estão ganhando um salário base abaixo do salário mínimo, isso piora quando confirmamos o fato do custo de vida de Macaé ser um dos mais altos do país. 
Mas além da pauta salarial queremos discutir a pauta pedagógica, reivindicamos a redução de alunos por sala de aula, não da, por exemplo, para uma professora de educação infantil trabalhar com 15, 20 alunos, muitas vezes em salas pequenas, sem espaço para as crianças o que atrapalha o desenvolvimento do aprendizado. Queremos também que a Prefeitura apresente um plano de melhorias nas escolas, reforma e ampliação da rede. Nem uma criança fora da escola! Educação tem que ser prioridade na Capital Nacional do Petróleo!
Para dar continuidade a campanha salarial 2014 o Sepe irá convocar nova assembleia da categoria para o dia 20 de março.

Participe!
Fortaleça a luta da educação!


 

 

 


Fonte: Sepe/Macaé


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ASSEMBLEIA GERAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE MACAÉ-RJ 12 DE FEVEREIRO DE 2014; 18H; C. M. MARIA ISABEL


1) Informes:

Foi proposta uma moção de solidariedade ao Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo; e que a Guarda Municipal de Macaé tem estado cada vez mais equipada, sinalizando a possibilidade de repressão também na cidade; chamado aos atos do dia 8 de março - Dia Internacional de Luta da Mulher; ocorrerá a reunião nacional da CSP-CONLUTAS; foi feita a denúncia de que a documentação com o demonstrativo de gastos apresentado no Conselho de Administração Escolar foi confiscada pela SEMED para que não fosse disponibilizada ao conselheiro Rogge; ocorrerá o XIV Congresso Ordinário do SEPE entre 26 e 29 de março e já podem ser feitas as Assembleias para eleição de delegados; dia 15/02 Assembleia Unificada das redes estadual do RJ e municipal do Rio no ISERJ; novas filiações foram feitas ao SEPE Macaé, mas o número de filiados ainda é pequeno diante da quantidade de profissionais da Educação na rede.

2) Lutas 2014:

Que o SEPE Macaé apoie com materiais e militantes as atividades do dia 8 de março;
Moção de repúdio ao confisco do demonstrativo de gastos da Alimentação (solicitar ao Rogge o texto);
Moção de apoio ao Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo (ver abaixo);
Novos representantes da categoria no Conselho de Administração Escolar: Rogge Perfetti e Danielle Freire (titulares) e Cláudio Barbosa e Mauricio Oliveira (suplentes);
Que as reivindicações do Enquadramento a partir de agosto conforme aprovado no PCCV; PCCV Unificado Já; dois benefícios para duas matrículas; implementação efetiva da Lei Federal 11.738/08 de acordo com a proposta já apresentada pelo SEPE - sejam as quatro prioridades na audiência e em nossas lutas em 2014;
Que os profissionais do CEMEAES permaneçam sob a pasta da Educação, garantindo todos os seus direitos;
Que também mencionemos na pauta o concurso público 2014; vale transporte intermunicipal; redução da carga horária dos ASGs; concretização dos 36% para ASEs; equiparação salarial do professorado A com nível superior; contra os 60% da LEP do professorado A em cursos na SEMED; e que pensemos para a próxima Assembleia qual índice de reajuste reivindicaremos;
Que a secretária Lucia Thomaz saia do cargo e seja realizada uma votação entre a categoria para escolha do(a) novo(a) secretário(a) de Educação;
Que o SEPE Macaé garanta 200 cartazes e 2000 panfletos para divulgação do ato de 26 de fevereiro;
Que realizemos um abaixo-assinado com a pauta de reivindicações para entregar ao Prefeito e demonstrar que a categoria apoia a luta;
LANÇAMENTO DA CAMPANHA SALARIAL 2014 NA QUARTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO, ÀS 16H, EM FRENTE À PREFEITURA - será levado um bolo simbolizando a ausência do Prefeito na Assembleia; reivindicaremos uma Audiência no mesmo dia com o Prefeito para responder à pauta de reivindicações.
Após o ato e a audiência, Assembleia da categoria para discutir e deliberar sobre o INDICATIVO DE GREVE.

Moção de Apoio:

Nós, profissionais da Educação da rede municipal de Macaé (RJ), expressamos nosso apoio à iniciativa do Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL) em prestar apoio jurídico aos manifestantes na cidade do Rio de Janeiro. Repudiamos as tentativas de ligações inexistentes entre a violência cometida por alguns supostos membros da manifestação e o mandato do deputado estadual.


Fonte: Sepe Macaé

DR. ALUÍZIO ‘DÁ BOLO’ E FOGE DO COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO


 


Macaé, da redação

Nesta quarta-feira (12), às 18, os educadores municipais de Macaé se reuniram em assembleia no auditório da escola Maria Izabel Damasceno para discutir as pautas da categoria. Após a reunião, os profissionais esperavam receber o prefeito Dr. Aluízio (PV), compromisso firmado durante o Encontro da Educação, realizado no primeiro dia letivo do ano. Mas, sem justificativa, o chefe do Executivo da cidade não se fez presente e demonstrou mais uma vez o descaso da Prefeitura com os trabalhadores e com a Educação.

“Não é a primeira vez que isso acontece. Agora a prioridade da gestão é o Porto da Queiroz Galvão, que infringe várias normais ambientais e está a serviço de uma minoria. Dr. Aluízio parece estar mais preocupados com os empresários da cidade do que com a Educação”, disse Sabrina Luz, Coordenadora Geral do Sepe Macaé e militante do PSTU.

O clima de insatisfação dos educadores com Dr. Aluízio não é à toa. Eleito com discurso de mudança, o prefeito prometia transformar a realidade do setor, construir escolas suficientes, atender às reivindicações dos profissionais e estudantes. Mas, em um ano de governo, o que se viu não foi exatamente isso. O projeto do setor, como a construção de cinco escolas por ano, é insuficiente e não atende à realidade da cidade. Logo no início da gestão, sem consultar os educadores, o prefeito elegeu Lúcia Thomaz como secretária de Educação. A escolhida é dona de uma das maiores escolas particulares da cidade, uma demonstração do que viria pela frente.

Em 2013 a categoria foi obrigada a fazer diversos atos e paralisações para reivindicar os direitos negados pelo prefeito. O ditado exclamado por um professor durante a última assembleia explica bem a realidade: “Riverton (ex-prefeito do PMDB) dizia ‘não’ para a Educação, Já Aluízio diz ‘sim’, mas o ‘sim’ dele, na verdade quer dizer ‘não’”. E foi assim durante muitos momentos de 2013. O prefeito por diversas vezes prometeu cumprir pontos da pauta apresentada pelo sindicato, mas alguns deles, em seguida, descumpria. Todas as conquistas de 2013 só vieram com muita luta, com manifestações de peso nas ruas.

Só assim os auxiliares escolares conseguiram aumento de 36% e os porteiros e auxiliares de serviços gerais diminuíram a carga horária de 40 para 30 horas. Só assim veio a conquista da regência de 20% para 30% e os professores A, que trabalhavam de segunda a sexta-feira conquistaram um dia para planejamento – direito atualmente ameaçado, pois foi retirado até o próximo dia 17 em algumas escolas e em outras suspenso.

No entanto, reivindicações como o cumprimento da Lei Federal n° 11.738 que estabelece o tempo mínimo reservado para planejamento de aula de 1/3 da carga horária estão entre as promessas não cumpridas por Dr. Aluízio. Os educadores também reclamam das condições de trabalho nas escolas. Em várias delas faltam professores, carteiras, mesas. Em algumas os alunos têm a grade de aula diária interrompida por falta de água, problema recorrente ao qual não é apresentada solução.

Para piorar, Dr. Aluízio deu um belo presente de fim de ano para a categoria. Não pagou o enquadramento, as férias e gratificação de 20% para profissionais que trabalham em local de difícil acesso. O enquadramento deveria ter sido quitado em dezembro de 2013, mas só foi pago nesta quarta-feira (12), dia da assembleia. Assim como as férias deveriam ter sido pagas no mesmo período em que os educadores entraram em recesso e até agora alguns profissionais continuam sem receber.

Com todo o descaso, além dos profissionais, a população pobre é a mais prejudicada. Muitas mães não conseguiram matricular seus filhos nas escolas e principalmente nas creches, só garantidas para crianças a partir dos quatro anos. Uma minoria atende à faixa etária menor, deixando muitas mães sem poder trabalhar por não terem onde deixar seus filhos.

Ano promete ser de muita luta!

Já que o prefeito insiste em fugir, os educadores resolveram ir até ele. Para o próximo dia 26 foi marcado um ato para dar início à campanha reivindicatória deste ano. Os profissionais levarão um bolo de presente a Dr. Aluízio, em simbologia ao descumprimento dos compromissos firmados com o setor, que promete também realizar uma paralisação para os próximos dias.

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA


REMANEJAMENTO NA REDE MUNICIPAL COMEÇA DIA 24


O prazo para remanejamento de escolas da rede municipal de ensino (troca de unidade escolar) será entre os dias 24 a 28 deste mês, nas próprias unidades de ensino em que os estudantes estão matriculados. A divulgação dos alunos que poderão ser remanejados será no dia 21 de março, também nas próprias escolas.


Os setores de Pré-matrícula e Ouvidoria estão orientando aos pais que estão tendo dúvidas quanto ao cadastro e preenchimento das vagas. Muitos que deixaram para fazer a pré-matrícula recentemente continuam procurando a sede da secretaria de Educação.

De acordo com registros, há muitos casos de comparecimento ao setor de Pré-matrícula para a solicitação de correção de dados do cadastro para a pré-matrícula fora do prazo estipulado. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (22) 2662-2373.

O município atende a determinação legal, cuja previsão é que todas as crianças com quatro anos de idade devem estar matriculadas nas escolas. Este ano letivo começou com atendimento na faixa de idade obrigatória, acima de quatro anos, integral, ou seja, abrangendo a 100% desta demanda no município.

A rede municipal também está atendendo alunos na faixa de dois e três anos em 75% das unidades municipais. Aqueles que ainda não foram contemplados devem aguardar a ampliação de vagas em outros espaços escolares.

A novidade é que novas escolas de Educação Infantil serão inauguradas na Vila Badejo, com abertura de 180 vagas, e no bairro São Marcos, também com 180 vagas. Outra escola que está prevista para ser inaugurada é a do Balneário Lagomar, que vai atender a 600 estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A previsão é contemplar um total de 960 alunos. A comunidade das Malvinas também vai ganhar uma nova escola de Educação Municipal de Infantil.

Lei - De acordo com a secretaria de Educação, este ano o processo de matrícula foi efetivado conforme o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), em que a previsão de vagas disponibilizadas por cada unidade escolar leva em conta, preferencialmente, a proximidade com a residência.

Mediante ao preenchimento da pré-matrícula, a secretaria de Educação explica que caso a família tenha escolhido uma unidade não indicada pelo órgão, a matrícula somente foi ou será efetivada após o atendimento a alunos residentes próximos. A secretaria de Educação funciona na rua Alfredo Backer, 363, Centro.

Fonte: http://www.macae.rj.gov.br/noticias
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

BBB (POR LUIS FERNANDO VERÍSSIMO)





Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de trá$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana, Gonçalves Dias ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…., estudar…, ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças…, namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade!




LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL - 2013




REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MACAÉ-RJ REALIZA ENCONTRO COM PROFISSIONAIS DA ÁREA


Evento realizado durante todo o dia de ontem (04/02/2014) marcou o início das atividades letivas


Dr. Aluízio Júnior (PV) e a secretária de Educação, Lúcia Thomaz participaram do evento
 Iniciar o ano letivo 2014 e reunir os profissionais que contribuem para o desenvolvimento da educação do município. Foi com essa finalidade que a prefeitura de Macaé por meio da Secretaria de Educação realizou durante todo o dia de ontem o primeiro Encontro Municipal dos Profissionais da Educação (Empe) 2014. As atividades aconteceram no Ciep Municipalizado Oscar Cordeiro e contou com a participação de professores, orientadores pedagógicos, educacionais, supervisores e professores orientadores.

Para melhor atender aos participantes, a programação foi realizada em dois turnos, e durante todo o dia houve gincanas. A solenidade de abertura contou com a presença do refeito, Dr Aluizio Júnior (PV) e da secretária de Educação Lúcia Thomaz.
Em seguida foi realizada a palestra "O Brasil contemporâneo e os desafios para a educação" com o antropólogo, cientista político, escritor e professor convidado, Luiz Eduardo Soares - considerado um dos maiores especialistas em segurança pública do país. Ele também já foi secretário de Segurança Pública nacional e estadual. Na carreira de escritor, Soares foi coautor dos best-sellers, Elite da Tropa, que foi uma das inspirações para o filme "Tropa de Elite".
"Foi uma oportunidade onde primeiro busquei estabelecer o contato com os participantes e em seguida falar sobre a importância da discussão do tema proposto com foco na importância da educação - que é um tema complexo para se discutir, principalmente quando o país, de modo geral, enfrenta complicações, como por exemplo,  no que diz respeito às mudanças com relação a redução da desigualdade e a demanda por essa redução", disse Soares.
Já a secretária de Educação, Lúcia Thomaz, abordou a importância do encontro que segundo ela se tornou uma prática de grande importância para toda a rede. "É um encontro que além de marcar o início das atividades letivas com uma reflexão sobre diferentes temas, sendo este ano sobre "O Brasil contemporâneo e os desafios para educação" visa promover uma maior interação entre os profissionais e o poder público", enfatizou.
Para o prefeito de Macaé uma oportunidade para reunir os profissionais e falar dos desafios em prol da educação. "Nossa meta é de que o ensino oferecido em Macaé seja um ensino de qualidade e se torne referência, por isso a educação é uma das nossas prioridades e nos encontros como este podemos destacar os pontos que têm dado certo e corrigir o que for necessário de forma a reorganizar o que tiver que ser reorganizado para garantir o ensino de excelência."
Os participantes também apoiam a iniciativa. "De fato é um encontro interessante onde nos reunimos, discutimos ideias e conhecemos as propostas do governo", disse a professora Jane Luci Fernandes, que atua na rede há 9 anos.
Já outra docente que preferiu não se identificar disse que aprova a iniciativa, mas gostaria que na prática fosse diferente. "Entra governo e sai governo e as propostas são parecidas, o grande problema é que na prática a realidade é outra. Precisamos que de fato, mudanças sejam feitas. Enquanto docentes temos muitas ideias, planos, metas, mas nem sempre podemos aplicar.

Algumas escolas, por exemplo, não contam com estrutura física de qualidade, as merendas servidas não são de qualidade, e principalmente o que falta para que a educação dê certo na cidade é apoio pedagógico, não se trata nem do apoio político, mas pedagógico", disse.