LOUVORES

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MEC lança programa de bolsas para aluno do ensino médio virar professor

Objetivo é formar docentes em matemática, física, química e biologia. 
'Não tenho como obrigar o jovem a virar professor', diz ministro


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, oficializou nesta quarta-feira (18) o lançamento do programa "Quero ser cientista, quero ser professor", que vai dar bolsa de R$ 150 aos alunos do ensino médio de escola pública como incentivo para que eles sigam carreira nas áreas de exatas e biológicas e se tornem professores. Mercadante já havia anunciado o programa na semana passada, durante a abertura do Congresso Todos pela Educação, em Brasília.
No primeiro ano serão contemplados 40 mil alunos. O Ministério da Educação pretende ampliar este número para 100 mil estudantes. As bolsas serão concedidas a partir de fevereiro de 2014.
A iniciativa tem como objetivo estimular o gosto dos jovens pela matemática, física, química e biologia. O ministro explicou que a demanda por vagas em cursos nessas áreas é "muito baixa, em torno de 3% de matrículas apenas" e que, enquanto tem crescido para engenharia, ela segue igual para matemática, física e química.
Mercadante ressaltou que a bolsa é um estímulo, mas que não há garantias de que no futuro o aluno beneficiado vá se tornar um professor de uma dessas áreas. "Não há garantia de que serão professores", afirmou. "Não posso obrigar um aluno de 16 anos a seguir a carreira docente. O espírito é estimular a vocação para a ciência, entrar no laboratório de física, química,, e participar de seminários de matemática. Com isso vai despertando o sonho. É um vírus que entra e não sai mais."
Segundo o MEC, o investimento inicial será de R$ 54 milhões no primeiro ano. As bolsas serão fornecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Alunos premiados em olimpíadas estudantis ou que participam do Programa Ensino Médio Inovador terão prioridade para receber a bolsa. "No contra turno  os alunos vão fazer pesquisa e terão apoio de professores universitários", disse o ministro. “Eles vão visitar laboratórios de física, química, vão fazer pesquisa em matemática e biologia para desenvolver o talento e estimular a vocação para áreas em que o Brasil ainda tem demandas abaixo do que precisa.”
Além de incentivo financeiro, o governo também pretende preparar materiais didáticos que estimulem o interesse dos alunos por matemática, física, química, biologia e astronomia. Chamado de Aventuras na Ciência, o material, segundo o MEC, será produzido por cientistas brasileiros.

Um comentário:

  1. Governo federal, na tentativa desesperada em não deixar que a educação no Brasil vire coisa do passado, pois do jeito que as coisas andam não se consegue visualizar outro rumo a não ser a extinção do seguimento, fica a inventar paliativos ao invés de investir na área para melhorar e despertar o interesse de quem ainda busca uma profissão. A profissão professor que no passado era tão respeitada e bem vista, hoje está sendo rejeitada por aqueles que ainda estão para se formar. Vemos aí mais uma do MEC, se humilhar para que os estudantes se interessem pela profissão com uma bolsa esmola.
    Até quando?

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