LOUVORES

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

DR. ALUÍZIO ‘DÁ BOLO’ E FOGE DO COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO


 


Macaé, da redação

Nesta quarta-feira (12), às 18, os educadores municipais de Macaé se reuniram em assembleia no auditório da escola Maria Izabel Damasceno para discutir as pautas da categoria. Após a reunião, os profissionais esperavam receber o prefeito Dr. Aluízio (PV), compromisso firmado durante o Encontro da Educação, realizado no primeiro dia letivo do ano. Mas, sem justificativa, o chefe do Executivo da cidade não se fez presente e demonstrou mais uma vez o descaso da Prefeitura com os trabalhadores e com a Educação.

“Não é a primeira vez que isso acontece. Agora a prioridade da gestão é o Porto da Queiroz Galvão, que infringe várias normais ambientais e está a serviço de uma minoria. Dr. Aluízio parece estar mais preocupados com os empresários da cidade do que com a Educação”, disse Sabrina Luz, Coordenadora Geral do Sepe Macaé e militante do PSTU.

O clima de insatisfação dos educadores com Dr. Aluízio não é à toa. Eleito com discurso de mudança, o prefeito prometia transformar a realidade do setor, construir escolas suficientes, atender às reivindicações dos profissionais e estudantes. Mas, em um ano de governo, o que se viu não foi exatamente isso. O projeto do setor, como a construção de cinco escolas por ano, é insuficiente e não atende à realidade da cidade. Logo no início da gestão, sem consultar os educadores, o prefeito elegeu Lúcia Thomaz como secretária de Educação. A escolhida é dona de uma das maiores escolas particulares da cidade, uma demonstração do que viria pela frente.

Em 2013 a categoria foi obrigada a fazer diversos atos e paralisações para reivindicar os direitos negados pelo prefeito. O ditado exclamado por um professor durante a última assembleia explica bem a realidade: “Riverton (ex-prefeito do PMDB) dizia ‘não’ para a Educação, Já Aluízio diz ‘sim’, mas o ‘sim’ dele, na verdade quer dizer ‘não’”. E foi assim durante muitos momentos de 2013. O prefeito por diversas vezes prometeu cumprir pontos da pauta apresentada pelo sindicato, mas alguns deles, em seguida, descumpria. Todas as conquistas de 2013 só vieram com muita luta, com manifestações de peso nas ruas.

Só assim os auxiliares escolares conseguiram aumento de 36% e os porteiros e auxiliares de serviços gerais diminuíram a carga horária de 40 para 30 horas. Só assim veio a conquista da regência de 20% para 30% e os professores A, que trabalhavam de segunda a sexta-feira conquistaram um dia para planejamento – direito atualmente ameaçado, pois foi retirado até o próximo dia 17 em algumas escolas e em outras suspenso.

No entanto, reivindicações como o cumprimento da Lei Federal n° 11.738 que estabelece o tempo mínimo reservado para planejamento de aula de 1/3 da carga horária estão entre as promessas não cumpridas por Dr. Aluízio. Os educadores também reclamam das condições de trabalho nas escolas. Em várias delas faltam professores, carteiras, mesas. Em algumas os alunos têm a grade de aula diária interrompida por falta de água, problema recorrente ao qual não é apresentada solução.

Para piorar, Dr. Aluízio deu um belo presente de fim de ano para a categoria. Não pagou o enquadramento, as férias e gratificação de 20% para profissionais que trabalham em local de difícil acesso. O enquadramento deveria ter sido quitado em dezembro de 2013, mas só foi pago nesta quarta-feira (12), dia da assembleia. Assim como as férias deveriam ter sido pagas no mesmo período em que os educadores entraram em recesso e até agora alguns profissionais continuam sem receber.

Com todo o descaso, além dos profissionais, a população pobre é a mais prejudicada. Muitas mães não conseguiram matricular seus filhos nas escolas e principalmente nas creches, só garantidas para crianças a partir dos quatro anos. Uma minoria atende à faixa etária menor, deixando muitas mães sem poder trabalhar por não terem onde deixar seus filhos.

Ano promete ser de muita luta!

Já que o prefeito insiste em fugir, os educadores resolveram ir até ele. Para o próximo dia 26 foi marcado um ato para dar início à campanha reivindicatória deste ano. Os profissionais levarão um bolo de presente a Dr. Aluízio, em simbologia ao descumprimento dos compromissos firmados com o setor, que promete também realizar uma paralisação para os próximos dias.

 

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