LOUVORES

quarta-feira, 21 de maio de 2014

21/05 PARALISAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE MACAÉ-RJ


Servidores da rede municipal de educação nas ruas mais uma vez devido ao não cumprimento das promessas por parte da administração municipal












Macaé, 21 de maio de 2014.

A Educação ocupou as ruas da Capital Nacional do Petróleo! Os profissionais da educação das Redes Municipal e Estadual de Macaé unificaram a luta com os educadores do IFF. Protestamos por melhores condições de trabalho e salário. 
Cerca de mil pessoas realizaram uma passeata da Praça Veríssimo de Mello até a Prefeitura de Macaé, ao longo da manifestação contamos com total apoio da população. Infelizmente o Prefeito Dr. Aluízio segue intransigente e se nega a negociar com a educação. Depois da passeata que parou o trânsito da cidade, chegamos até a Prefeitura, onde ficamos sabendo que o Prefeito e a Secretária de Educação Lucia Thomaz não nos receberiam. 
Os Educadores mantiveram o protesto em frente à prefeitura, muitos conseguiram entrar para pressionar do lado de dentro. Após uma hora de sol escaldante o Prefeito e a Secretária de Educação chegaram, acreditamos que conseguiríamos uma abertura de negociação, não foi o que ocorreu, o Prefeito se recusou a abonar o ponto da paralisação e não atendeu a pauta de reivindicação da categoria. 
Dr. Aluízio tentou deslegitimar a luta da educação, afirmou que não divulgaria para a categoria o índice de reajuste anual, um verdadeiro absurdo, pois o prefeito não negocia com o Sepe, Sindicato combativo da Educação e atende o Sindiserv, um sindicato que não representa a luta dos trabalhadores da Cidade.
A postura do Prefeito de não negociar com a categoria e apoiar a campanha do Pezão, inimigo da educação, mostra que é preciso discutir a Greve nas escolas! Após a não-negociação com o Prefeito, realizamos a nossa tradicional assembleia, onde a categoria avaliou a intransigência por parte do Prefeito e a Secretária e o total descaso para com a educação. Deliberamos nova paralisação dia 5 de junho, agora é levar a discussão da Greve para as escolas!

Tod@s para a paralisação dia 5 de junho, às 9h, na Praça Veríssimo de Mello, assembleia acontecerá antes do ato. 

Saudações para quem luta!

Fonte: MEL - Movimento dos Educadores em Luta.
            CSP - Central Sindical e Popular Conlutas.

terça-feira, 20 de maio de 2014

1 EM CADA 4 PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS É TEMPORÁRIO, DIZ IPEA


Para especialistas, número reflete baixa atratividade da carreira e falha administrativa do governo na realização de concursos


Divulgação/Apeoesp
O contrato precário é um tema sempre
presente nos protestos de professores


Um quarto dos docentes que dão aulas em escolas de educação básica mantém contratos temporários com o poder público ou são terceirizados. São mais de 450 mil professores de um total de 1,8 milhão de profissionais que lecionam em unidades públicas. Quando analisado apenas o ensino médio das redes estaduais brasileiras, os temporários representam 30% do total de professores. Em algumas disciplinas, como química e física, eles preenchem 40% das funções docentes.
Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou agora em maio um estudo sobre os desafios do magistério da educação básica no Brasil. Para o Ipea, a precarização dos contratos de trabalho na rede pública é considerado o "problema mais proeminente" do sistema educacional brasileiro. Os professores que não são efetivos chegam a receber menos, possuem pouca segurança jurídica como empregado, devem se desvincular das redes em determinado momento e não têm direitos, como por exemplo, à assistência médica, concedida aos servidores efetivos.
"Vínculos dessa natureza são admitidos para suprir carências pontuais decorrentes de afastamentos temporários de docentes efetivos. As redes públicas os têm utilizado, contudo, como maneira de postergar a contratação de professores efetivos", afirmam os autores do estudo, liderado por Paulo Nascimento, técnico da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Ipea.


Participação pelo total
10
Matemática


20
30
40
42
Participação pelo total






43
34
31
Created with Datawrapper                                                               Source: Ipea (MEC/Inep 2013) Get the data


De acordo com José Fernandes de Lima, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) - órgão consultor do Ministério da Educação (MEC), a recomendação repassada para as secretarias é que o porcentual de professores temporários não ultrapasse 10% do número total de docentes das redes de ensino. "Não tenha dúvida que é muito ruim e preocupante porcentuais superiores a esse. Ultrapassar esse nível tem reflexos direitos no nível de qualidade da educação que é oferecida aos alunos", afirma Lima.
Recentemente, o país figurou na posição 38 de um total de 40 países em um ranking internacional de educação, o The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês). O estudo, publicado semana passada, foi realizado pela The Economist Intelligence Unit e Pearson Internacional. O levantamento se baseou no cruzamento de dados de uma série de outros indicadores produzidos por instituições como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, existem duas principais razões para as redes de ensino terem tantos professores temporários. "Uma delas é a baixa atratividade da carreira docente: falta professores interessados em ir para as salas de aula. Além disso, esses números são resultado de uma falha administrativa grave dos governos que não planejam adequadamente a realização de concursos públicos", diz Alavarse.
Ainda segundo o especialista, a situação ainda tem reflexos diretos na educação do país. "A própria imagem da profissão fica prejudicada, parece que os profissionais fazem bico. Os temporários também prejudicam o planejamento dos gestores e, claro, deixam de criar vínculos com os alunos que estão em processo de aprendizagem", fala o professor da USP.
Tamanho do desafio
Todo esse panorama se torna ainda mais preocupante quando observada a dimensão da rede pública de ensino no país. Ela concentra mais de 80% do total de matrículas em educação básica do Brasil. São mais de 50 milhões de estudantes de escolas municipais, estaduais e federais, de acordo com informações do Censo da Educação Básica de 2013 publicadas pelo MEC no início deste ano. As particulares detém apenas 17% das matrículas nesse nível de ensino.
"Além dos professores efetivos já conviveram com uma realidade de baixos salários e violência escolar, a situação do temporário é ainda pior. Ele não tem segurança nenhuma", diz Silvio Martins, vice-presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP) - um dos sindicatos de docentes do Estado de São Paulo, que tem a maior rede de ensino do país. Segundo ele, tal situação torna a profissão ainda menos atrativa para o bom professor.
"O contrato é anual. E depois ele tem que ficar em quarentena antes de assumir novamente a função para não criar vínculos empregatícios. Não tem como atrair os melhores profissionais com um regime de trabalho como esse", afirma Martins.
Consultado sobre a postura que deveria assumir junto às redes de ensino diante desse quadro, o MEC informou que o assunto compete às próprias secretarias municipais e estaduais de ensino.


 Por Davi Lira - iG São Paulo
Fonte: www.ig.com.br/educacao 


TCE CONDENA RIVERTON MUSSI, EX-PREFEITO DE MACAÉ-RJ


Em decisão, ex-prefeito terá que devolver cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos


Riverton terá que devolver cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos

O ex-prefeito de Macaé Riverton Mussi Ramos (PMDB) foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) a devolver aos cofres públicos o valor de R$ 945.872,86 (equivalente a 371.323,70 Ufir-RJ). 

O TCE identificou, em Tomada de Contas Ex Officio, a ilegitimidade das contas referente ao Termo de Reconhecimento de Dívida celebrado entre a prefeitura e 7 Construtora & Transportadora Ltda, datado de 7 de junho de 2011. 

Segundo o Tribunal, o Termo foi assinado para o pagamento e parcelamento de obra de recuperação emergencial e desobstrução do Canal Macaé x Campos, no trecho entre o Batalhão Militar de Carapebus, no período de janeiro a março de 2007, no valor de R$ 792.850,37. Pelo ato irregular que causou dano ao erário, o ex-prefeito Riverton Mussi também terá que pagar multa fixada em R$ 189.174,57 (74.264,74 Ufir-RJ).

A decisão foi tomada em sessão plenária, na quinta-feira (15/5), seguindo voto do conselheiro-relator José Maurício de Lima Nolasco. A ilegalidade da despesa e do Termo de Reconhecimento de Dívida se deve a realização de despesa sem prévio empenho e sem regular liquidação.

Além disso, o Tribunal expediu ofício ao atual procurador-chefe da Procuradoria da Dívida Ativa, para que encaminhe no prazo de 30 dias, contados da ciência da decisão plenária, a Certidão de Inscrição na Dívida Ativa Estadual, da multa aplicada ao ex-prefeito Riverton Mussi, de R$ 12.736,50 (5 mil Ufir-RJ), conforme decisão plenária de 11/6/2013, valor não recolhido aos cofres públicos no prazo.

Na semana antes, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liminar impetrada pelo ex-prefeito para suspensão da sentença de condenação feita pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, por supostas fraudes em licitações. A condenação em órgão colegiado deixa o ex-prefeito enquadrado na lei de Ficha Suja.

No caso denunciado pelo Ministério Público, Riverton era acusado, junto a outros membros do seu governo, de ter cometido irregularidades em licitações da Prefeitura. Além de perder os direitos políticos, Riverton foi condenado ao bloqueio de R$ 500 mil em suas contas bancárias, além de outras sanções. 

O Ministério Público analisa também as 17 irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) que emitiu parecer contrário às contas da gestão do ex-prefeito em seu último ano de mandato à frente da prefeitura de Macaé. 
Apesar das contas terem recebido o "voto político" da Câmara de Vereadores, que rejeitou com 14 votos a três, a perecer contrário do TCE, durante sessão ordinária realizada no dia 11 de março deste ano, as irregularidades ainda devem passar pelo crivo da justiça.


Jornal O Debate: Acessado em 20/05/14
Autor: Márcio Siqueira
Fonte: Arquivo


segunda-feira, 19 de maio de 2014

SEPE ANUNCIA PARALISAÇÃO DA REDE MUNICIPAL PARA QUARTA-FEIRA 21/04/2014


Baseada na Campanha Salarial 2014 o órgão apresenta 17 reivindicações para os profissionais.


Concentração dos profissionais para Ato de paralisação está marcado para as 9h, na Praça Veríssimo de Mello

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação em Macaé, Capital Nacional do Petróleo (SEPE) segue na luta por melhores condições de trabalho aos profissionais de educação na cidade. Aqueles que formam e têm nas mãos a missão de educar e dessa forma contribuir com um amanhã melhor. Mas para exercer esse papel não é necessário apenas ter formação acadêmica e força de vontade. É preciso ir além, superar barreiras, e alcançar degraus. 

E como o objetivo de contribuir com uma educação melhor e de qualidade, o Sepe segue em busca de objetivos para a categoria que envolve desde os professores a auxiliares de serviços gerais e porteiros. 
O órgão prevê, para a próxima quarta-feira, 21, a paralisação da rede municipal. O ato de paralisação está marcado para as 9h, na Praça Veríssimo de Melo. Em seguida, os participantes vão caminhar até a Prefeitura onde aguardam uma assembleia com o líder de governo, Dr. Aluísio. 

Na pauta de reivindicações estão: Revisão e melhorias no PCCV Unificado Já; Cumprimento do 1/3 de Planejamento, de acordo com a Lei Federal 11.738/08 (pois segundo o órgão, hora aula não é hora relógio); Duas matrículas, dois benefícios; Pagamento do enquadramento retroativo ao mês de agosto (Art. 75 do PCCV); Equiparação do salário do professor A com ensino superior ao professor C.; 36% de equiparação para porteiros, auxiliar de serviços gerais, funcionários e merendeiras. Fim do Sábado Letivo; Devolução dos descontos indevidos do MACPREVI; revitalização do CEMEAES e retorno deste programa para a Educação; Revisão das escolas que devem receber a Gratificação por Local de Trabalho. Pagamento a todos os profissionais das escolas; Auxílio-transporte intermunicipal. 

Além, ainda, do Fim da proibição da SEMED sobre a merenda (Todos podem se alimentar nas escolas!); Melhorias nas escolas. Reforma e ampliação da rede (Nenhuma criança fora da Escola!); Chamada de concursados na lista de espera e novo concurso para 2014!; Fim da Violência nas escolas! Investimento nos bairros para melhorar a vida da população!; Eleição Direta para Direção e para SEMED!; e o fim de Assédio Moral nas Escolas!

NA CAPITAL NACIONAL DO PETRÓLEO, A EDUCAÇÃO DEVE SER VALORIZADA! ESTE É O INTERESSE DOS EDUCADORAS E DEVE SER O INTERESSE DA PREFEITURA! Proposta de campanha salarial é de 40%. Nossa reivindicação é um piso de cinco salários. 

"Estamos na luta para uma educação melhor e de qualidade. Muitas escolas da rede estão com problemas que vão desde a precariedade no fornecimento da merenda escolar à falta de água, coisas que acabam prejudicando os trabalhos dos profissionais", lembrou Graça, presidente do Sepe. 


"Estamos na luta para uma educação melhor e de qualidade", Maria das Graças, presidente do Sepe Macaé 



Autor: Juliane Reis/ Juliane@odebateon.com.br

Fonte: Kaná Manhães

Jornal O Debate

Acessado em 19/05/2014 as 19:52


MACAÉ RECEBE R$ 12 MILHÕES COM PARTICIPAÇÃO ESPECIAL


Segunda parcela de receita paga a cada três meses foi compensada no início da semana


Nesta semana, Macaé recebeu mais uma contribuição em receitas públicas de uma das principais fontes de sustentação do orçamento municipal: as riquezas do petróleo. Liberada a cada três meses, a segunda parcela do ano da Participação Especial foi paga na última segunda-feira (12) pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), correspondendo a uma compensação de R$ 12.592.669,11. A quantia registra queda em relação a paga em fevereiro deste ano.

No ranking regional, Macaé fica na terceira colocação entre os municípios que contam com a arrecadação dos recursos do petróleo. Campos dos Goytacazes recebeu R$ 161.424.407,93 e Rio das Ostras R$ 34.153.814,28.
Abaixo de Macaé ficaram Quissamã com R$ 2.025.965,13 e Carapebus que recebeu apenas R$ 510.035,45.

A distribuição dos recursos da Participação Especial levam em consideração o posicionamento de plataformas que atuam na Bacia de Campos, cuja área é dividida através das linhas ortogonais, marcação imaginária porém utilizada pela legislação para definir o sistema de partilha dos recursos de compensação pelos efeitos da atividade de exploração e produção do petróleo.
Os números refletem também o percentual de produção das reservas da Bacia de Campos divididas em duas áreas de gestão pela Petrobras, a Unidade de Operações Rio, que hoje supera em volume de produção diária a área pertencente a Unidade de Operações Bacia de Campos, esta situada em Macaé.

Segundo a Petrobras, neste ano a UO-Rio alcançou uma eficiência operacional de 96,2% de aproveitamento, atingindo a produção de 844 mil barris de petróleo por dia (bpd) em março. Já o percentual da UO-Bacia de Campos foi de 80%.
A quantia paga pela ANP na última segunda-feira a Macaé representa uma queda de cerca de R$ 1 milhão, em comparação a parcela da Participação Especial liberada pela agência em fevereiro deste ano (R$ 13.590.046,61).

Com a parcela da Participação Especial, Macaé alcançou em maio a arrecadação de R$ 52.577.752,13.
De acordo com as metas mensais de arrecadação, dentro da programação de execução financeira, prevista pelo governo municipal através do decreto nº 014/2014, os recursos serão aplicados em obras de infraestrutura.
A quantia total consolidada pelo município com o petróleo supera em quase R$ 1 milhão o previsto pelo governo para maio: R$ 51.773.480,83.

Números:
R$ 52 mi
Total de recursos arrecadados por Macaé apenas com o petróleo pagos pela ANP em maio

R$ 51 mi
Arrecadação prevista para este mês pelo governo apenas com as receitas do petróleo

Fonte: O Debate

Autor: Márcio Siqueira/ marcio@odebateon.com.br



sábado, 10 de maio de 2014

CAMPANHA PROMOVE ATIVIDADES POR GARANTIA DE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE EM MAIS DE 100 PAÍSES


Em seu 12º ano de realização, a Semana de Ação Mundial (SAM) é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação (CGE) e agrega atividades em mais de 100 países. Resultado da articulação entre organizações com abrangência nacional em seus respectivos locais de atuação, a semana possui o objetivo de pressionar governos de todo o mundo a cumprirem leis e tratados internacionais que buscam garantir uma educação pública de qualidade para toda a população.

De acordo com a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) – rede composta por mais de 200 organizações em todo o Brasil –, Iracema Nascimento, a SAM atualmente tem importância e abrangência para além das atividades e contatos feitos pela rede. “A gente divulga, produz material e dá apoio, mas as atividades saem de nosso controle e isso é ótimo! Mostra o quanto as pessoas querem discutir sobre educação e contraria o senso comum de que a população não se importa com a situação do ensino em suas regiões”, afirmou a coordenadora.

Segundo dados disponibilizados pela CGE, até 2011, tinham participado das Semanas de Ação Mundial mais de 43 milhões de pessoas. A grande capilaridade da semana, segundo Iracema, se evidencia nos relatos de eventos realizados em câmaras municipais de vereadores, conselhos escolares, creches, escolas, universidades, hospitais e igrejas de diferentes vertentes religiosas, por exemplo.

Em 2014, a SAM terá como tema central a garantia do direito à educação inclusiva e ocorrerá entre os dias quatro e 10 de maio. Já no Brasil, a semana está sendo organizada pela CNDE e ocorrerá entre os dias 21 e 27 de setembro. Até este ano de 2014, a SAM Global vinha sendo organizada anualmente na última semana de abril em referência às Conferências Mundiais de Educação de Jontiem (Tailândia), em 1990, e de Dacar (Senegal), em 2000.


De Olho nos Planos e a SAM

Com o objetivo de estimular a construção e revisão de Planos de Educação que sejam resultado de efetivos processos participativos para a garantia de direitos a todos e todas, o portal De Olho nos Planos vai divulgar durante a SAM 2014 uma série de cartões de mobilização e pressão.

Nos cartões, há mensagens relacionadas à construção dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, além de orientações de como representantes da sociedade civil podem cobrar a construção dos planos em suas cidades e estados. Na divulgação, por exemplo, evidencia-se que quatro em cada dez municípios brasileiros não possuem Plano de Educação e que apenas 10 dos 27 estados já construíram seus Planos Estaduais. Clique aqui e confira os cartões produzidos!


Chamada Cartões de Pressão2

“São nos Planos Municipais e Estaduais que ocorrem os contornos mais precisos das políticas para qualquer modalidade ou etapa da educação. E a garantia do direito à educação inclusiva é um grande desafio que precisa ser considerado nestes planos, já que são eles que dão concretude às diretrizes estabelecidas no Plano Nacional de Educação”, ressaltou Iracema.

Já para o coordenador de educação da ONG Mais Diferenças, Wagner Santana, “os Planos podem contribuir com a garantia do direito à educação inclusiva à medida que eles possam incorporar o que foi definido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que por sua vez foi pautada a partir do que foi decidido na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.


SAM no Brasil

De acordo com informações do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, 8,3% da população brasileira possui pelo menos um tipo de deficiência severa. Quanto ao nível de instrução de pessoas com mais de 15 anos, observou-se que, entre a população com deficiência, 14,2% possuíam o fundamental completo, 17,7%, o médio completo e 6,7% possuíam superior completo, sendo que 61% das pessoas com deficiência ainda se encontravam sem instrução ou sem o ensino fundamental completo. Veja cartilha sobre o Censo 2010 para pessoas com deficiência

Em tramitação no Congresso, o artigo 4º do Plano Nacional de Educação (PNE) trata especificamente da educação inclusiva e deve estabelecer estratégias para a garantia do direito à educação inclusiva destes alunos.

Para discutir sobre a garantia deste direito no país, a Campanha Nacional está articulada com organizações e movimentos que já trabalham com a temática para realizar a semana que se iniciará na mesma data do Dia de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro.

Entre os temas a serem discutidos em relação à educação inclusiva, serão abordados seus marcos legais e principais desafios; a formação inicial e continuada de seus profissionais; o direito à acessibilidade física, de informação e de comunicação; e a iniciativa Fora da Escola não Pode.

“Hoje os principais desafios para a educação inclusiva envolvem a necessidade de uma mudança cultural com a implementação de uma cultura inclusiva nos sistemas de ensino, a maior disponibilidade de informação e capacitação dos profissionais de educação e o atendimento ao conjunto das deficiências tanto em redes quanto em salas de aula regulares de ensino”, reforça o coordenador Wagner Santana.

As atividades da SAM 2014 no Brasil já se iniciaram durante a XIII Feira Internacional de Reabilitação, Inclusão, Acessibilidade e Paradesporto, realizada em São Paulo entre os dias 10 a 13 de abril. No evento, ocorreu o lançamento de um vídeo – com tradução em libras – que abordou a própria realização da semana e que foi produzido em parceria com a ONG Mais Diferenças.




sexta-feira, 9 de maio de 2014

ATENÇÃO, PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE MACAÉ!






A GREVE APROVADA NO DIA 07/05 DIZ RESPEITO ÀS REDES ESTADUAL DO RJ E MUNICIPAL DO RIO, QUE TEM INÍCIO NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, DIA 12 DE MAIO!

A REDE MUNICIPAL DE MACAÉ ENCONTRA-SE EM ESTADO DE GREVE, OU SEJA, A GREVE PODE SER DEFLAGRADA A QUALQUER MOMENTO, MAS AINDA NÃO ESTAMOS EM GREVE! A ASSEMBLEIA DE ONTEM DA REDE MUNICIPAL DELIBEROU UMA PARALISAÇÃO DE 24 HORAS NO DIA 21 DE MAIO, ONDE HAVERÁ OUTRA ASSEMBLEIA E AÍ SIM, NESTA, PODEREMOS APROVAR A GREVE. 

Portanto, tod@s das escolas municipais de Macaé frequentam normalmente as Unidades Escolares, conversando com os estudantes, convidando pais e responsáveis para reuniões explicitando os problemas e preparando para a luta; além de convencer os colegas que ainda possuem receio de lutar coletivamente. E @s companheir@s dos colégios estaduais já podem iniciar a greve na segunda-feira!!!

Este foi o ofício entregue à Prefeitura e até o momento nem a SEMED nem a Prefeitura responderam! 

Macaé, 26 de fevereiro de 2014.

Ofício 03/2014
De: Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação - Núcleo Macaé
Para: Prefeito Aluízio e Secretaria Municipal de Educação

O SEPE e o conjunto dos profissionais da Educação da rede municipal de Macaé realizaram nesta quarta, 26 de fevereiro, em frente à Prefeitura, o lançamento da Campanha Salarial 2014. Solicitamos a realização de uma Audiência com o Prefeito Aluízio, o SEPE e o conjunto d@s Educador@s para que possamos apresentar, discutir e encaminhar a Pauta de reivindicações da categoria.

Campanha Salarial 2014. Pauta de reivindicações:

1 - Revisão e melhorias no PCCV Unificado Já!

2 - Cumprimento do 1/3 de Planejamento, de acordo com a Lei Federal 11.738/08. HORA AULA NÃO É HORA RELÓGIO!

3 - Duas matrículas, dois benefícios.

4 - Pagamento do enquadramento retroativo ao mês de agosto (Art. 75 do PCCV).

5 - Equiparação do salário do professor A com ensino superior ao professor C.

6 - 36% de equiparação para porteiros, auxiliar de serviços gerais, funcionários e merendeiras.

7 - Fim do Sábado Letivo.

8 - Devolução dos descontos indevidos do MACPREVI.

9 - Revitalização do CEMEAES e retorno deste programa para a Educação!

10 - Revisão das escolas que devem receber a Gratificação por Local de Trabalho. Pagamento a todos os profissionais das escolas.

11 - Auxílio-transporte intermunicipal!

12 - Fim da proibição da SEMED sobre a merenda. Todos podem se alimentar nas escolas!

13 - Melhorias nas escolas. Reforma e ampliação da rede. Nenhuma criança fora da Escola!

14 - Chamada de concursados na lista de espera e novo concurso para 2014!

15 - Chega de Violência nas escolas! Investimento nos bairros para melhorar a vida da população!

16 - Eleição Direta para Direção e para SEMED!

17 - Chega de Assédio Moral nas Escolas!

NA CAPITAL NACIONAL DO PETRÓLEO, A EDUCAÇÃO DEVE SER VALORIZADA! ESTE É O INTERESSE D@S EDUCADOR@S E DEVE SER O INTERESSE DA PREFEITURA!

Fonte: SEPE - Macaé.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PROJETO QUE ALTERA O ENSINO MÉDIO É ALVO DE CRÍTICAS DE EDUCADORES


Governo de São Paulo

Entre outras propostas, PL nº 6.840, que tramita na Câmara, sugere que currículos do ensino médio sejam organizados por áreas do conhecimento. Educadores afirmam que isso fere princípios da Constituição e da LDB
25/02/2014
André Antunes, da  EPSJV

Um projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional que propõe mudanças no ensino médio brasileiro vem levantando questionamentos de professores, pesquisadores e até da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). Trata-se do PL nº 6.840/2013, elaborado pela Comissão Especial destinada a promover Estudos e Proposições para a Reformulação do Ensino Médio (CEENSI) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PTMG) e que tem como relator o deputado Wilson Filho (PTB-PB). 

Argumentando que o currículo atual do ensino médio é “ultrapassado, extremamente carregado, com excesso de conteúdos, formal, padronizado, com muitas disciplinas obrigatórias numa dinâmica que não reconhece as diferenças individuais e geográficas dos alunos”, o projeto propõe alterações na Lei nº 9.634/1996, a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (LDB). A principal – e mais controversa – alteração proposta pelo projeto é a organização dos currículos do ensino médio por áreas do conhecimento. 

Pela proposta, os estudantes poderiam escolher, no terceiro do ano do ensino médio, entre diferentes opções formativas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação profissional

“Assim, o aluno poderá optar pela formação que mais se adequa às suas preferências e necessidades, possibilitando, inclusive, uma preparação mais adequada àqueles que pretendem ingressar na  educação superior ou antecipar sua entrada no mercado de trabalho”, afirma a justificativa do projeto. 

Além disso, o projeto institui a jornada em tempo integral no ensino médio, aumentando de 800 para 1400 horas a carga horária mínima anual nessa etapa de formação, e elimina a possibilidade de menores de 18 anos cursarem o ensino médio no período noturno. 
Retrocesso 
Para Marise Ramos, professora-pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o projeto, caso aprovado, representaria um enorme retrocesso. 
“Isso representa um retorno à legislação da Reforma Capanema da década de 1940, em que o ensino era dividido entre o clássico, o científico e o profissionalizante. Até hoje é possível encontrar pessoas que estudaram sob a égide dessa legislação que nunca estudaram química ou física, porque fizeram o percurso clássico, ou que nunca estudaram filosofia, sociologia ou mesmo história”, compara. 
Essa “fragmentação”, para Marise, refletia uma visão instrumental da educação e um enfoque na formação de mão de obra para o mercado de trabalho. Nesse aspecto, segundo ela, a LDB, de 1996, trouxe avanços, consagrando, em seu artigo 22, o entendimento de que a educação básica (da qual faz parte o ensino médio) tem a finalidade de assegurar ao educando “a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e no prosseguimento de estudos”. 
Essa concepção está inscrita também no artigo 205 da Constituição Federal, segundo o qual a educação deve visar “ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
Em nota técnica sobre o PL 6.840, a Secretaria de Educação Básica do MEC afirma que o projeto fere as formulações inscritas na LDB e na Constituição, “pois o fato de ser obrigatório fazer alguma opção estabelece uma diferenciação formativa no ensino médio, portanto, na educação básica, que fere o princípio constitucional da igualdade de acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade com vistas à formação integral de todo e cada cidadão”. 
A nota técnica faz diversas objeções ao texto do projeto, e uma delas diz respeito à instituição da jornada em tempo integral, de 7 horas diárias, que é, segundo a nota, positiva em tese; na prática, no entanto, a medida acaba sendo prejudicial aos estudantes mais pobres. 
“Do ponto de vista da realidade socioeconômica da grande parte dos jovens brasileiros oriundos dos setores populares, representa uma forma de exclusão do Ensino Médio ministrado no período diurno, dado o fato de que tal parcela significativa da população jovem do país trabalha, seja para contribuir para a renda familiar, seja para suprir suas próprias necessidades. É, portanto, nesse contexto, medida discricionária, que institui um ensino médio diferenciado para uma população jovem com melhores condições de vida e relega, ainda mais, ao curso noturno os setores populares”, diz a nota. 
Maiores de 18 anos 
O ensino médio noturno, pela proposta da Comissão Especial da Câmara, ficaria restrito aos maiores de 18 anos. A alteração sugerida pelo projeto à LDB gerou críticas da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que publicou uma petição na internet contra a aprovação do projeto. 
No texto da petição, a Anped afirma: “Dados do IBGE de 2011 informam que 31,5% dos jovens de 15 a 17 anos trabalham e estudam, estudam e procuram emprego ou só trabalham. Isso significa que acabar com o ensino noturno para essa faixa de idade é, de fato, excluía do sistema de ensino. Destinar o ensino médio noturno apenas à faixa etária dos 18 anos em diante significa duplicar uma política já existente, que é a EJA, ou em outros termos, a superposição de modalidades que cumprem a mesma atribuição”. 
Formação profissional 
Especificamente na área da educação profissional, tanto a Anped quanto a Secretaria de Educação Básica do MEC entendem que a proposta em tramitação na Câmara traz problemas. Um deles é a inclusão da opção de formação profissional no último ano do ensino médio, que, para a Anped, “nega a existência da modalidade de Ensino Médio Integrado à Educação Técnico Profissional”. 
Para Marise Ramos, o projeto enfatiza as formas concomitante e subsequente de educação profissional em detrimento da formação profissional integrada ao ensino médio. Para ela, isso sinaliza uma consonância do PL nº 6.840 com o direcionamento que as políticas de educação profissional têm tomado nos últimos anos, com a ampliação do número de vagas por meio de parcerias com a iniciativa privada, principalmente através do Pronatec. 
Indício disso é o artigo 36-E do PL nº 6.840, onde se lê que a oferta de educação profissional “poderá ser feita em regime de parceria entre os entes federados e o setor produtivo, com vistas à ampliação das oportunidades educacionais”. 
“Com essas alterações na LDB, fica fácil você fazer parcerias para que os estudantes cursem o terceiro ano no Sistema S ou outras instituições privadas. Suponhamos: você tem um aluno numa escola estadual que tem parceria com o Senai, por exemplo. Ele faz os primeiros dois anos na escola e no terceiro ano vai para o Senai. E aí como ele é aluno da escola pública, o Estado é quem vai subsidiar o Sistema S para fazer isso. Bom demais para quem ganha com isso, só não é bom para a classe trabalhadora, que acaba tendo sua formação reduzida somente às necessidades do mercado de trabalho”, analisa Marise. 
A EPSJV entrou em contato com a assessoria do deputado Wilson Filho, relator do projeto, para que ele respondesse às críticas apresentadas, mas até o prazo de fechamento da matéria não havia conseguido agendar uma entrevista com o parlamentar.