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terça-feira, 11 de junho de 2013

Professores acusam RJ de fechar escolas estaduais; governo nega



O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) acusa a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro de finalizar modalidades do ensino médio em diversas escolas pelo Estado do Rio. Segundo dados da entidade aproximadamente 49 unidades sofreram modificações ou foram desativadas.
Marta Moraes, professora da rede pública estadual e diretora do Sepe, afirma que mais de oito escolas estaduais foram fechadas integralmente na rede pública estadual.
"É importante citar que paralelamente a esse fechamento, a Secretaria de Educação continua a fechar turmas, no que eles chamam de otimização. Na verdade fazem junção de turmas, criando turmas 'super-lotadas' e obrigando o professor a ter que escolher outras escolas. E com o ano já iniciado, acabam tendo que trabalhar em 4, 5 e até 8 escolas. E deixando seus alunos com o processo de ensino-aprendizagem iniciado. É uma medida que traz prejuízos para os alunos especialmente com relação a avaliação  dos mesmos", considera a professora.
Segundo Marta, em um ano e meio, aproximadamente 49 escolas sofreram modificações como exclusão de turnos ou fechamento de cursos referentes ao ensino médio e também fundamental.
Marta elencou alguns colégios, que segundo ela foram fechados integralmente: "O C.E. Henny de Mendonça, C.E. Sueli Mota Seixas, E. E. Dr. Luiz Palmier, E.E. Brigadeiro Antônio Sampaio, E.E. José Augusto Domingues, E. E. Fagundes Varella, C.E. Estadual Simão da Motta e E.E. Aurélio Quaresma fazem parte da relação de locais que foram fechados, número que é bem maior que esta listagem que mencionei", afirmou.
"No Município do Rio a relação de escolas da capital, que funcionavam a noite de forma compartilhada com o município foram fechadas. Tiveram suas atividades encerradas, extinguindo o turno da noite e prejudicando alunos que trabalham, por exemplo", protestou Marta.

Municipalização
A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro afirmou, em nota enviada ao UOL, esclarece que a ação tomada pelo órgão não foi fechamento de escolas, e sim, municipalização do ensino fundamental, que é de responsabilidade dos municípios.
"O que a secretaria estadual vem fazendo é transferindo as escolas com alunos do fundamental para o município, quando há capacidade de o município absorver essa demanda, o que é o caso da cidade do Rio de Janeiro. Chama-se municipalização. Os alunos permanecem estudando, só passam a ficar sob responsabilidade do município a partir disso", informou por meio de nota.

Problemas 
A diretora do Sepe afirma que a transferência de alunos tem acontecido de maneira inadequada. "Na maioria dos casos, os alunos transferidos desistiram  de estudar, pois as escolas ficavam longe de suas casas ou local de trabalho", conta.
"No caso da escola Coccio Barcellos, a situação foi dramática pois os alunos foram transferidos para a Escola Estadual Herbert Vianna na Comunidade do Turano e os alunos moravam em área de facção rival. Os alunos desistiram, na maior parte, com medo. isso pode ser comprovado com o fechamento de 9 turmas no Herbert no ano de 2013", enfatizou a professora.
A Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, por meio da sua assessoria de comunicação, afirma que "A  mudança ocorreu porque a unidade – localizada na mesma região-- que recebeu os estudantes possuía turmas ociosas.  Além disso, a medida ajudou na diminuição da carência de docentes e na melhora da qualidade do ensino oferecido aos alunos".
De acordo com a secretaria estadual, os servidores do Estado que atuavam nessas escolas foram realocados em projetos, reforço escolar e nas novas escolas que serão inauguradas.

Em relação ao processo de municipalização, a Secretaria de Estado de Educação esclareceu que possui uma equipe que trata das negociações com as prefeituras, sempre visando ao bem estar do aluno, que não pode ficar sem estudar

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