É preciso ter disciplina e saber interpretar
A evasão média nos cursos virtuais é de 20%, segundo a Associação
Brasileira de Educação a Distância (Abed). Especialistas chamam atenção para as
características que os alunos precisam cultivar. "O ideal é que o acesso
às aulas seja diário para que haja um ritmo, mas o recomendável é que se estude
no mínimo de quatro a oito horas por semana", afirma o diretor do programa
da FGV Online, Stavros Xanthopoylos. O analista de sistemas Fábio Corrêa, de 32
anos, já fez uma série de cursos e destaca a importância de reservar um
horário. "É preciso foco para ter sucesso."
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AUTONOMIA E DISCIPLINA
Não se engane pensando que tudo será mais fácil só porque você eliminou
o deslocamento diário até a escola. Como a dinâmica de aprendizado é de
responsabilidade do aluno, é preciso ter organização para se dedicar ao
conteúdo. Por isso, é necessário administrar o próprio tempo.
Da mesma forma, é fundamental ser proativos e ter autonomia de estudo,
fatores que permitirão ao estudante dar conta das demandas do curso sem que
precise ser cobrado por isso.
O consultor de informática João Paulo Peroni Júnior adotou uma
estratégia que o ajudou logo no início de seu MBA, assim que começou a acumular
matérias para estudar. "Em dois dias da semana, separava um horário fixo
em que estudava por cerca de duas horas. Era como se eu estivesse indo para o
curso: ficava só eu e o computador em um quarto tranquilo", conta.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
Tal qual ocorre nos cursos presenciais, é comum que alunos sem o hábito
de ler e escrever apresentem dificuldades para interpretar as informações e se
expressar. Isso porque o aluno tem que compreender o conteúdo que chega pelo
material didático. Se ele tiver problemas para interpretá-lo, sua aprendizagem
ficará prejudicada.
A familiaridade com a leitura faz com que o estudante não se sinta
sobrecarregado ao se deparar com textos densos e extensos, comuns em algumas
carreiras na graduação e na pós-graduação.
"Muitos alunos se surpreendem com a exigência até maior do que no
curso presencial. Alguns reclamam que há um grande volume de tarefas e
gostariam que o ritmo fosse menos intenso e os prazos para a realização das
atividades, maiores", afirma a professora Maria Elizabeth Almeida,
especialista em Educação e Tecnologia da PUC-SP.
FLUÊNCIA TECNOLÓGICA
Embora seja desejável que os alunos possuam uma certa destreza com a
informática, a fluência tecnológica não deve ser uma barreira para quem não
domina completamente essa linguagem. Segundo a professora Maria Elizabeth
Almeida, é preciso criar condições que permitam aos alunos superar possíveis
lacunas e incentivar o florescimento das habilidades desejadas.
"Essas competências ou a falta delas não podem ser adotadas como
pré-requisitos, pois, com isso, estaremos deixando de lado pessoas que estão no
mercado e precisam se desenvolver."
Esse argumento ganha mais força conforme a educação a distância e
presencial se aproximam uma da outra. A tendência pode ser verificada em países
onde os cursos já mesclam características de ambas as modalidades.
Tópicos: PontoEdu, EAD, perfil EAD
Fonte: http://www.estadao.com.br/
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