LOUVORES

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O menino que queria ser uma televisão






Uma professora do ensino básico pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles.
Ao fim da tarde, quando corrigia as redações, leu uma que a deixou muito emocionada.
O marido, que, nesse momento, acabava de entrar, viu-a a chorar e perguntou:
- O que é que aconteceu?
Ela respondeu:
- Lê isto.
Era a redação de um aluno.
*’Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor. Quero ocupar o lugar dele. Viver como vive a TV da minha
casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta… Ser levado a sério quando falo… Quero ser o centro das
atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo quando está cansado. E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda, que os meus irmãos lutem e se batam para estar comigo.. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.
Senhor, não te peço muito…Só quero viver o que vive qualquer televisor.’*
Naquele momento, o marido de Ana Maria disse:
- Meu Deus, coitado desse garoto! Que pais!
E ela olhou-o e respondeu:
    • Essa redação é do nosso filho!

Este texto retrata a realidade de 90% das famílias brasileiras, uma realidade triste e preocupante, pois como uma criança que se encontra em fase de formação do seu caráter, sua personalidade, onde seus principais exemplos são seus pais, seus familiares poderia ter condições psicológicas de lidar com tal situação de abandono, situação esta que poderá acarretar vários e graves problemas na vida pessoal e social desta criança.
Grande parte das famílias não conseguem visualizar tais problemas, chegando a dizer que tudo isto é uma grande bobagem, mas geralmente estas crianças extravasam toda esta frustração e ansiedade na escola, no convívio com seus colegas e funcionários da mesma, onde apresentam um alto grau de agressividade e muita dificuldade no aprendizado.


Professor Leandro Gregório

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