De volta às escolas
para a continuação do ano letivo, nos deparamos com uma realidade de extrema
precariedade na Rede Estadual: falta de infraestrutura nas escolas; falta de
professores e funcionários; salários aviltantes, etc.. Para piorar, o governo
Cabral e o seu Secretário de Educação Wilson Risolia têm implementado uma série
de políticas que mostram o descaso desse governo com a Educação:
• Sistemático fechamento de escolas: são 55 escolas fechadas por ano, ao
longo do governo Cabral. Além disso, o governo mantém a política de fechamento
arbitrário de turmas: turmas com mais de 30 alunos tem sido fechadas, o que
aumenta a superlotação nas turmas que sobram.
• Implementação de uma política de privatização do ensino na Rede
Estadual, tendo como exemplo o projeto de lei em tramitação na Alerj, que
extingue os cargos de servente e merendeira.
• Ao invés de valorizar o servidor, o governo Cabral tem ampliado a
precarização das condições de trabalho e salariais da categoria. O resultado
disso é que, na Rede Estadual, aproximadamente 4 professores por dia abandonam
a rede.
• Avançando na precarização, o governo enviou um projeto à Alerj para
que 20% das aulas deixem de ser presenciais. Os alunos teriam aula de segunda a
quinta e, na sexta, fariam “atividades” nas bibliotecas das escolas.
• O projeto de meritocracia implementado pela secretaria tem ampliado
essa precarização, sendo uma forma do governo transferir a culpa pela situação
caótica da Educação, que é sua, para as escolas, os professores e os alunos.
Primeiro o governo não investe na educação, oferecendo péssimas condições de
trabalho aos educadores, depois os punem por não conseguir bons resultados.
Somos Profissionais da Educação e precisamos de boas condições de trabalho,
como qualquer profissional.
Diante desse quadro, os profissionais da educação da Rede Estadual
deflagraram uma greve por tempo indeterminado a partir de 09/08. Esta é a hora
de pressionar o governo que está numa situação de grande fragilidade. Vamos
parar as escolas, dialogar com nossos colegas e alunos e conquistar nossas
reivindicações:
• 8% de aumento sequer repõem as perdas inflacionárias ao longo do
Governo Cabral. Queremos o piso de R$ 3.390,00 para o magistério (5 salários
mínimos) e R$ 2.373,00 para funcionários (3,5 salários mínimos).
• Plano de Carreira Unificado com paridade para Aposentados, incluindo
Professores Indígenas;
• Eleição direta para Direção de Escolas; chega de autoritarismo e
assédio moral.
• 1/3 da carga horária para planejamento de verdade, sem pegadinhas, nem
subterfúgios.
• Retorno dos Funcionários à escola de origem.
• Efetivação dos Animadores Culturais.
• Concurso Público para Professores e Funcionários.
Segue o calendário de greve da rede estadual:
• Dia 14/08: Assembleia Geral da Rede estadual, as 14:00 na cidade do
Rio de Janeiro. O Sepe Macaé fornecerá transporte e auxílio-alimentação para os
interessados. O transporte sairá as 09:30, na praça Washington Luis, em frente
a Ampla. Interessados favor enviar uma mensagem para o email do Sepe Macaé com
nome, escola em que trabalha e telefone de contato.
• Dia 21/08: Assembleia local da Rede estadual, as 17:00, no Colégio
Maria Isabel no centro da cidade. Vamos organizar a luta da rede estadual e
formar um comando de greve com representantes de todas as escolas. Proposta de
pauta: informes; conjuntura da rede estadual; mobilização na rede estadual
(formação do comando de greve); Congresso do Sepe.
Fonte: Sepe Macaé
Nenhum comentário:
Postar um comentário