LOUVORES

sábado, 17 de agosto de 2013

Professores em greve terão reunião com secretário de Educação no Rio



Profissionais fizeram novo protesto por melhorias no Palácio Guanabara.
Nesta sexta, profissionais se reuniram com chefe de gabinete da Casa Civil.

Professores reivindicam melhores salários (Foto: Henrique Coelho/G1)Professores reivindicam melhores salários (Foto: Henrique Coelho/G1)

Professores em greve se reuniram, na noite desta sexta-feira (16), com chefe de gabinete da Casa Civil, Arthur Bastos, para entregar a pauta de reivindicações da categoria. De acordo com duas coordenadoras do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), ficou acordado que dois pontos específicos serão aprofundados em nova reunião marcada para a próxima segunda-feira (19): o corte de ponto dos professores faltosos, com possibilidade de demissão, e a urgência da criação de uma matrícula para cada escola na qual o professor der aula. A reunião está agendada com o secretário de Educação, Wilson Risolia, na sede da secretaria.
"Já tínhamos conversado com o Paulo Melo [presidente da Alerj] e ele se comprometeu a procurar o governador para falar sobre a questão de uma matrícula para cada escola. E agora há a questão do corte de ponto", afirmou Marta Moraes. "Dissemos que o Risolia não pode agir de forma autoritária", explicou Segundo Marta Moraes, coordenadora do Sepe, sobre o anúncio da aplicação do código 30, que corta o ponto dos profissionais faltosos, no caso da consideração de a greve ser ilegal.

A Secretaria estadual de Educação informou que todos os pontos apresentados pelos professores serão analisados e debatidos entre o secretário Wilson Risolia e o sindicato na reunião de segunda-feira (19). Em relação ao projeto “Uma matrícula, uma escola”, a secretaria considera justo, mas disse que ainda existem divergências entre os próprios profissionais. E que somente quando houver consenso dentro da categoria, a proposta poderá ser transformada em lei. Os professores das redes municipal e estadual vão decidir se mantém a greve em assembleias marcadas para terça-feira (20).



Mais um dia de protesto
Os professores e funcionários da rede pública de ensino se concentraram no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio, na tarde desta sexta-feira (16), para um novo protesto por melhores condições salariais e mudanças estruturais. Eles seguiram, por volta das 16h30, para o Palácio Guanabara, sede do governo, na Rua Pinheiro Machado, onde chegaram pouco depois das 17h. Antes de saírem, alguns profissionais disseram ao G1 que estão com medo de serem demitidos. Às 18h, já na sede do governo, duas coordenadoras do sindicato entraram para conversar sobre a pauta de reivindicações, que envolvem aumento salarial e reajuste emergencial de 15%.

Segundo os membros do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, o secretário Wilson Rizolia afirmou que os funcionários estão sendo regidos pelo código 30, que marca falta na folha de ponto dos servidores após dez dias consecutivos de ausência no trabalho, e que, por isso, pode demitir os professores. "A categoria está aterrorizada", disse um professor, que preferiu não se identificar.
A Rua das Laranjeiras chegou a ser interditada para a passagem dos cerca de 600 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar. Dezoito policiais do 2º BPM (Botafogo) acompanharam a concentração e outros 60 mantiveram base no palácio. Às 17h40, as duas pistas da Pinheiro Machado foram interditadas.
Marta Morais, coordenadora-geral do Sindicato estadual dos professores (Sepe-RJ), disse que na última audiência do sindicato, realizada no dia 13 deste mês, a categoria decidiu pela continuidade da paralisação, iniciada no dia 8.
Reivindicações
Os professores pedem um aumento salarial de 15% e plano de carreira unificado para professores e funcionários. De acordo com dados da Secretaria de Educação, são 75 mil professores cadastrados na rede estadual. A Seduc, no entanto, afirma que apenas 0,5% dos funcionários aderiram à greve, e que nenhuma escola parou de funcionar.

A Secretaria de Educação considera a greve "inoportuna" e afirma que "os alunos estão sendo prejudicados”.
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